Ainda que pese o impasse em torno daMargem Equatorial, o Brasil conseguiu atrair elevado interesse estrangeiro na Offshore Technology Conference (OTC), maior conferência mundial da indústria de petróleo e gás em águas profundas, que terminou na quinta-feira, 8, em Houston nos EUA, e atraiu cerca de 30 mil pessoas.

O País é considerado uma grande fronteira exploratória, com o benefício de novas áreas a serem descobertas, além de estar afastado de conflitos geopolíticos e menos afetado por questões políticas e as tarifa do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
O principal ponto de atração foi a Margem Equatorial, entre o Amapá e o Rio Grande do Norte, considerado uma espécie de segundo pré-sal no Brasil.
“Vemos a abertura de novas fronteiras como a Margem Equatorial como crucial para o Brasil manter papel estratégico na segurança energética global”, disse o vice-presidente de ativos do Pré-Sal da Shell Brasil, Pablo Tejera Cuesta, em painel na feira.
Acompanhada do governado do Amapá, Clécio Luís (Solidariedade), a presidente da Petrobras, Magada Chambriad, aproveitou o palanque global na abertura da OTC para enfatizar o esforço da companhia para iniciar os testes exploratórios na Margem Equatorial e a pressão nos custos por conta da queda dos preços do petróleo no mercado internacional diante das incertezas tarifárias. “Não há futuro para as empresas petrolíferas sem exploração. Por isso, estamos nos esforçando muito para explorar a Margem Equatorial do Brasil”, disse ela.
Clécio diz que foi ao evento para posicionar o estado entre os grandes protagonistas do setor energético global.
“Para nós, amapaenses, a exploração petrolífera representa uma virada de chave não só na economia, mas também na vida das pessoas, que passarão a ter mais acesso a oportunidades de emprego, renda e desenvolvimento”, diz o governador.
“Confiamos na Petrobras e seguimos firmes na defesa de uma exploração segura e responsável, que nos ajude a transformar o Amapá”, segue o mandatário.