Clécio Luís, Randolfe Rodrigues e Davi Alcolumbre destacam união política e importância econômica da Margem Equatorial para o estado

A autorização do Ibama para que a Petrobras realize a simulação de resgate de animais marinhos na região da Margem Equatorial, anunciada nesta terça-feira (19), foi recebida com entusiasmo pelas principais lideranças políticas do Amapá. O governador Clécio Luís (Solidariedade) e os senadores Davi Alcolumbre (União) e Randolfe Rodrigues (PT) se manifestaram publicamente, celebrando o que consideram um avanço importante para destravar o desenvolvimento da região.
Nas redes sociais, o governador Clécio reforçou o discurso de equilíbrio entre progresso econômico e responsabilidade ambiental:
“Queremos atrair empregos, investimentos e crescimento com responsabilidade. O Amapá está preparado para esse novo ciclo. Somos o estado mais preservado do país e contamos com um marco legal moderno e eficiente.”
Já o senador Randolfe Rodrigues, líder do governo Lula no Senado, destacou a atuação conjunta das três lideranças para viabilizar o avanço do processo:
“É com Randolfe, Clécio e Davi que o Amapá vai mostrando sua força em Brasília. Juntos garantimos mais um passo rumo ao futuro econômico que queremos para o nosso povo!”
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, também comemorou a decisão do Ibama, classificando a Margem Equatorial como uma oportunidade estratégica para o Brasil reduzir desigualdades regionais:
“Essa aprovação reforça a confiança nas instituições e no compromisso com um futuro seguro, desenvolvido e sustentável”, afirmou em nota oficial.
Pressão política e articulação decisiva
Segundo avaliação interna da própria Petrobras, o aval do Ibama ocorreu somente após intensa articulação política liderada por Alcolumbre no Congresso Nacional. Apesar dos insistentes pedidos anteriores da estatal e do Ministério de Minas e Energia, o processo de licenciamento ambiental não avançava, gerando o que técnicos chamavam de “silêncio de rádio” por parte do órgão ambiental.
A movimentação liderada por Alcolumbre teria destravado o impasse, sinalizando uma reabertura do diálogo com o Ibama. A licença atual não autoriza perfuração, mas representa uma etapa decisiva rumo à possível exploração de petróleo e gás na região da Margem Equatorial, com promessas de geração de empregos e arrecadação para o Amapá, um dos estados mais carentes do país.

Debate ambiental segue no Congresso
Enquanto isso, no Senado, tramitam propostas que podem alterar as regras de licenciamento ambiental no país. A pauta deve avançar nesta semana, com a análise de relatórios nas comissões de Meio Ambiente e Agricultura. A previsão é que Alcolumbre leve a matéria ao plenário já na próxima quarta-feira (22), numa tentativa de acelerar a regulamentação do tema e dar segurança jurídica à atuação de empresas como a Petrobras.
A Margem Equatorial é considerada por especialistas um novo “pré-sal” em potencial, estendendo-se do Amapá ao Rio Grande do Norte. A região tem despertado atenção global tanto pelo seu potencial energético quanto pelos riscos ambientais, sendo alvo de debates entre ambientalistas, investidores e representantes do governo.