Segundo o governador, a presença constante de Brown no estado e o reconhecimento dos fazedores de cultura refletem o compromisso do Governo do Amapá em valorizar a Amazônia Negra

Ao entregar o título de Embaixador do Marabaixo ao artista Carlinhos Brown, e homenagear 120 tocadores de caixas e instrumentos de batuque com a honraria Mestre Jorge, nesta segunda-feira, 26, o governador do Amapá, Clécio Luís, destacou a importância de unir prática e simbologia no fortalecimento da identidade afro-amapaense.
Segundo o governador, a presença constante de Brown no estado e o reconhecimento dos fazedores de cultura refletem o compromisso do Governo do Amapá em valorizar a Amazônia Negra e projetar o estado a partir de suas raízes mais autênticas.
“Carlinhos está há quase um ano e meio vindo ao Amapá, fazendo imersões, de Mazagão até a região da Pedreira, para ser um embaixador com autoridade. Ser porta-voz e potencializar a nossa Amazônia negra, apresentando para o mundo nossa cultura, história e os caminhos da economia. Além do Brown, tem algo muito mais importante, que é o reconhecimento dos nossos, o que faz sentido para tudo aquilo que pensamos, fazemos e sonhamos”, destacou Clécio Luís.
“Eu, neste momento, em gratidão à honra que toda a família me concede, quero deixar claro que eu sou um alongador da estrada. Eu levo o olhar de vocês. Meu olhar é um espelho do que vi. E o que vi tem extrema riqueza para ser dividida com outras pessoas. Afinal, vocês nunca foram excluídos de nenhuma posição. Vocês nunca estiveram distantes. Vocês foram escolhidos para fomentar, para recriar, para readaptar o mundo através dos seus ritmos”, declarou o artista.

Honraria Mestre Jorge
O prêmio Mestre Jorge homenageia José Jorge da Silva, um dos precursores da cultura mazaganense, falecido em 2020 em decorrência da Covid-19. Após reconhecer os barracões na primeira edição, nesta segunda edição a honraria passou a ser concedida aos tocadores de caixas de marabaixo e de instrumentos de batuque, em reconhecimento à manutenção das tradições afro-amapaenses.
O presidente da Academia Amapaense de Batuque e Marabaixo, Marcelo Coimbra expôs o pedido especial para que essa segunda edição homenageasse aqueles que, por meio do toque dos instrumentos, transmitem comunicação, ancestralidade, espiritualidade e alegria, mantendo vivas as saias, os cantos e a cultura, e fazendo toda a população se alegrar.

“Esse momento, além de importante para a academia, é importante para toda a nossa cultura, para todas as nossas comunidades, para todo o povo amapaense. O marabaixo é patrimônio imaterial do Brasil, mas ele é, fundamentalmente, patrimônio cultural do coração, da alma e do espírito de cada um aqui”, enfatizou Coimbra.