terça-feira, abril 29, 2025
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Agentes ambientais indígenas recebem treinamento para combater a praga da mandioca em Oiapoque

Cada região tem dois profissionais indígenas fortalecendo as iniciativas produtivas locais e garantindo suporte técnico qualificado

O Governo do Amapá iniciou nesta segunda-feira (28), a primeira capacitação sobre prevenção e o combate à “Vassoura de Bruxa”, a praga da mandioca, para 10 Agentes Ambientais Indígenas (Agamins) das regiões do Rio Urukauá, Rio Uaçá, BR-156, Rio Oiapoque e Rio Curipi, no município de Oiapoque.

A formação acontece na sede do Instituto de Extensão, Assistência e Desenvolvimento Rural do Amapá (Rurap) no município e segue até a quarta-feira (30). No treinamento, o diretor-presidente do Rurap, Jorge Rafael, destacou estratégias e etapas que serão realizadas sempre começando com o trabalho de campo nas cinco regiões indígenas durante as primeiras três semanas de cada mês.

Na quarta e última semana, ao final de cada mês, os mesmos devem regressar para a base do Rurap em Oiapoque para realizar reunião de retorno e apresentação das demandas das comunidades atendidas; entregar relatório mensal das ações realizadas durante o mês; e o planejamento das ações que serão desenvolvidas no mês seguinte.

“Estamos investindo na formação e capacitação técnica dos agamins para que sejam protagonistas no fortalecimento da agricultura indígena. Esta parceria reforça o compromisso do Governo do Amapá em promover o desenvolvimento rural de forma inclusiva e respeitosa às tradições culturais,” explica o diretor-presidente do Rurap, Jorge Rafael.

CONTRATAÇÃO DOS AGAMINS  

Os agamins participantes foram contratados em março deste ano pelo Governo do Estado para atuar junto ao Rurap auxiliando a política de extensão rural levando políticas públicas para as comunidades indígenas, sobretudo, no combate à praga da mandioca, para garantir a segurança alimentar das comunidades indígenas.

O programa terá duração de 15 meses, assegurando um acompanhamento contínuo do Rurap às comunidades, com foco na implementação de técnicas agrícolas sustentáveis, na capacitação dos indígenas e na adaptação das atividades produtivas às especificidades culturais e territoriais de cada povo, além do cadastramento dessas comunidades para o acesso a políticas de crédito rural (Pronaf e FRAP) e de aquisição de alimentos (PAA e PNAE) 

A iniciativa conta com apoio dos Ministérios do Desenvolvimento Social (MDS) e da Integração e Desenvolvimento Regional (MIDR), além da Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Anater), com o objetivo de garantir maior autonomia dos povos indígenas sobre seus territórios e gerar oportunidades e assegurando um futuro mais próspero e sustentável para as próximas gerações.

Capacitação busca fortalecer iniciativas produtivas locais e garantir suporte técnico qualificado

INVESTIMENTO 

O investimento total da contratação dos agamins é de R$ 3 milhões, destinados ao atendimento de 400 famílias indígenas em situação de vulnerabilidade no meio rural. Cada núcleo familiar será contemplado com um auxílio de R$ 4,6 mil, por meio do programa Fomento Rural, do Governo Federal, promovendo inclusão produtiva e geração de renda.

Na participação, a secretária dos Povos Indígenas, Sônia Jeanjacque, explanou as conquistas e os desafios dos indígenas nos tempos atuais, enfatizando os trabalhos realizados pelo Governo do Amapá em prol dos indígenas.

“Nossas comissões indígenas de Oiapoque vêm combatendo a vassoura de bruxas com orientações e apoio técnico do Rurap, Diagro e Embrapa, devido à praga, os indígenas têm optado pela plantação de outros alimentos garantindo assim o resultado positivo das aldeias”, diz Sônia.

Representando os caciques de Oiapoque, Edmilson dos Santos, ressaltou que a capacitação é um momento de aprendizado que será repassado para os demais indígenas.

“É uma oportunidade para nós aprendermos técnicas que vão ajudar nossas comunidades no combate a bruxa da mandioca. Uma praga que tem nos causado prejuízos. Com esse conhecimento, vamos proteger nossas plantações e garantir o alimento para nossas famílias e comercialização. Hoje foi possível entender todo um processo e assim trabalhar com técnicas eficazes”, afirma o cacique.

O palestrante de suporte de TI, Claudemir Sartori,  que abordou o tema do Cigater, reforçou o papel da tecnologia no apoio às ações de extensão rural. “O Cigater permite um controle mais eficiente das atividades de campo, oferecendo dados importantes para que as políticas públicas cheguem de forma mais eficaz até as comunidades indígenas”, explicou.

Participaram da capacitação representantes da Agência de Defesa e Inspeção Agropecuária do Estado do Amapá (Diagro), Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), Secretaria dos Povos Indígenas (Sepi) e Instituto de Pesquisa e Formação Indígena (Iepé).

 

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