sexta-feira, abril 18, 2025
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Madeireira é investigada por suspeita de inserção de dados falsos em sistema de controle florestal

A Agregue atua no Sul do Amapá e teria inserido informação falsa no sistema DOF, referente a saldo fictício de madeira em tora

A fiscalização na área da empresa Agregue Indústria, Comércio e Transporte de Madeiras, em Laranjal do Jari, foi realizada pelo Ibama em abril de 2023. O resultado da vistoria foi encaminhado ao Ministério Público Federal (MPF-AP), que instaurou Notícia de Fato. Depois de analisar o caso, decidiu encaminhar as investigações ao Ministério Público do Amapá (MP-AP) por declínio de atribuição. Em janeiro deste ano, foi instaurado inquérito policial.

De acordo com relatório do MPF, depois da vistoria, o Ibama afirmou que a Agregue apresentou informação falsa no sistema DOF, sigla para Documento de Origem Florestal, uma licença obrigatória para o transporte e armazenamento de produtos florestais de origem nativa. 

Os dados que segundo o Ibama seriam falsos, são referentes a saldo fictício de 258,51 m3 de madeira em tora da espécie Guajará. Ou seja, o registro no sistema não correspondia com o que foi encontrado na área da empresa. 

As investigações tentam descobrir se houve algum procedimento ilegal no comércio de madeira, já que as empresas emissoras e destinatárias desses créditos indevidos podem simular uma transação, emitindo e recebendo inicialmente a oferta e em seguida a emissão do DOF no sistema, mas de fato o que ocorre é apenas a transferência de créditos indevidos para a legalização de madeiras extraídas de forma ilegal.

Embora as operações de compra e venda na realidade não se concretizem, é realizado o registro dessas movimentações de créditos, para que a madeira sem origem lícita passe a ter regularidade documental no sistema.

Não há provas de que a Agregue tenha tentado fazer esse tipo de manobra, mas é investigada por causa das informações colhidas pelo Ibama no pátio da empresa. O inquérito que investiga o caso foi aberto pela 1ª delegacia de polícia de Laranjal do Jari, e tem como base, o relatório elaborado pelo MPF. O Conectamapa não conseguiu contato com a empresa. O espaço está aberto para manifestações. 

 

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