A agência reguladora de petróleo do Brasil, a ANP, está prestes a conceder direitos de exploração na Margem Equatorial, informou a Bloomberg.
Um leilão, que ocorrerá em 17 de junho, incluirá áreas em cinco bacias sedimentares, incluindo águas profundas do Amapá, segundo a agência.
Duas delas, Foz do Amazonas e Potiguar, estão na chamada margem equatorial, a principal aposta do setor para a reposição das reservas produzidas no pré-sal até a próxima década.
O Brasil oferecerá 173 blocos de petróleo, que abrangem áreas em terra e regiões de águas profundas no nordeste e sul do país, sob contratos de concessão. Um total de 47 blocos está em águas profundas do Amapá.
Nos últimos anos, a Foz do Amazonas ficou fora de leilões por falta de interesse do mercado, preocupado com as dificuldades para a obtenção de licença ambiental para perfuração.
O leilão garante à empresa a concessão da área, mas a atividade exploratória depende de licença do Ibama (Instituto Nacional do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis). Até o momento, nenhuma foi concedida para águas profundas na região.
A Petrobras tenta obter o aval do Ibama para a atividade exploratória na região desde 2022, mas recebeu uma negativa em 2023. A exploração é criticada por ambientalistas, preocupados com danos ao meio ambiente. A Petrobras afirmou ter atendido às exigências do Ibama.