Mesmo passando por denúncias de assédio moral e nepotismo a Seccional da Ordem dos Advogados do Brasil no Amapá (OAB/AP), segue com apenas uma chapa formalizada para a disputa das eleições internas da ordem, marcada para o próximo dia 18 de novembro.
Em menos de um mês a entidade passou por duas denúncias envolvendo a atual diretoria da entidade, que tem como presidente o advogado Auriney Brito.
Em meados de agosto, Auriney e a esposa, Suale Sussuarana, se tornaram réus em uma ação popular, por suposto nepotismo. O presidente da OAB/AP teria se utilizado da condição de presidente da ordem para indicar a esposa em uma lista tríplice para compor o Conselho Penitenciário do Estado.
Suale faz parte do Conselho desde 2019, mesmo ano em que o esposo foi eleito presidente da OAB.
O caso ganhou ainda mais repercussão e desgaste quando o advogado Alessandro Brito, irmão de Auriney, ingressou com pedido de afastamento do presidente em razão do caso.
O segundo caso ocorreu no último dia 08/10, quando a advogada e tesoureira da OAB Amapá, Roâne de Sousa Góes, acusou a presidência de perseguição e acionou a entidade na Justiça Federal sustentando que seu acesso ao sistema financeiro da seccional foi indevidamente bloqueado, o que implica na interrupção de seu trabalho de fiscalizar, entre outras situações, as movimentações financeiras da corporação.
A advogada alega que a lisura das eleições internas da seccional está comprometida pelo caso, que possibilita que adulterações sejam feitas no sistema diante da ausência de supervisão ou controle dos valores devidos à instituição.
Mesmo com a repercussão dos respectivos casos, somente a chapa apoiada pelo atual presidente encontra-se devidamente inscrita e em condições de disputar as próximas eleições da seccional da ordem dos advogados do Amapá.