No Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2023, uma informação importante veio à tona. Os dados alarmantes sobre a violência no país, destacando municípios e estados que de uma hora para outra passaram a integrar o ranking das mais altas taxas de homicídios e mortes violentas intencionais.
Um dos pontos centrais foi o destaque dado à cidade de Santana, no Amapá, que liderou o ranking das cidades mais violentas do Brasil. Este dado reflete um cenário preocupante que engloba disputas territoriais e intervenções policiais intensificadas na região.
De acordo com o levantamento, Santana alcançou a primeira posição no ranking das cidades mais violentas com uma taxa de 92,9 mortes violentas por 100 mil habitantes. Isso representa um significativo aumento em relação a 2022, quando a cidade ocupava a 31ª posição. Entre os fatores atribuídos a esse aumento estão as disputas pelo controle do porto local e o crescente número de mortes decorrentes de intervenções policiais.
O aumento de 88,2% no número de mortes violentas coloca luz sobre os desafios que a cidade enfrenta em termos de segurança pública e controle social. O caso de Santana exemplifica um fenômeno mais amplo de crescimento da violência em algumas regiões do Norte do Brasil, muitas vezes associado a fatores econômicos e atividades ilegais.
Os impactos regionais da violência no Brasil
O Anuário também destacou que as regiões Nordeste e Norte continuam a liderar o ranking nacional de violência, apresentando taxas muito superiores à média nacional. No Nordeste, a taxa de mortes violentas intencionais é 60% maior do que a média nacional, enquanto no Norte esse número é de 48,8% acima da média.
Essa concentração de violência nessas regiões pode ser atribuída a disputas entre facções criminosas por rotas de tráfico e territórios. Além disso, a letalidade policial em estados do Norte e Nordeste contribui para os elevados índices de violência.
Quais são as cidades e estados mais violentos além de Santana?
Além de Santana, o estudo apontou que Camaçari (BA), Jequié (BA), e Sorriso (MT) estão no topo da lista das cidades mais violentas. Em relação aos estados, o Amapá, Bahia e Pernambuco lideram em termos de mortes violentas intencionais.
Santana (AP): 92,9 mortes/100 mil habitantes
Camaçari (BA): 90,6 mortes/100 mil habitantes
Jequié (BA): 84,4 mortes/100 mil habitantes
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Uma tendência de queda nas mortes violentas no Brasil
Apesar do cenário preocupante em algumas áreas, observado no relatório do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, 2023 marcou uma redução de 3,4% no número total de mortes violentas no país. O Brasil registrou 46.328 homicídios, uma queda em relação ao ano anterior.
Esse é um ponto positivo, pois é a primeira vez, desde 2011, que se registrou menos de 47 mil mortes violentas em um ano. Esta queda, ainda que modesta, representa um passo na direção certa, mas ressalta que o Brasil continua a enfrentar um desafio significativo na redução da violência urbana.
Perspectivas para o futuro
Implantação de políticas de segurança mais eficazes
Investimento em infraestrutura social e econômica
Melhoria na capacitação e no monitoramento das forças policiais
Essas ações são fundamentais para um progresso contínuo na redução da violência, especialmente em áreas críticas identificadas pelo anuário. A redução da violência é vital para melhorar a qualidade de vida dos cidadãos e promover um ambiente mais seguro e estável para o desenvolvimento socioeconômico do país.
Esse é um ponto positivo, pois é a primeira vez, desde 2011, que se registrou menos de 47 mil mortes violentas em um ano. Esta queda, ainda que modesta, representa um passo na direção certa, mas ressalta que o Brasil continua a enfrentar um desafio significativo na redução da violência urbana.
Os dados indicam que estratégias de segurança pública e políticas sociais específicas são essenciais para mitigar a violência nesses locais.
Fonte (Isto É)