quinta-feira, março 6, 2025
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Entre 15 de dezembro/2024 e 11 de janeiro/2025, o Amapá registrou 30 casos de dengue e um óbito

Apresentar estruturas de resposta às emergências, seus procedimentos de ativação, documentos e equipe técnica necessárias são as primeiras missões da comitiva do Centro de Operações de Emergências para Dengue e Outras Arboviroses recém-chegada ao Amapá, nesta sexta-feira (17). A equipe se reuniu com gestores e técnicos da Secretaria Estadual de Saúde do Amapá (SESA) para apoiar na ativação de uma sala de situação para monitoramento das arboviroses, como dengueZika chikungunya no estado.

Entre 15 de dezembro de 2024 e 11 de janeiro de 2025, o Amapá registrou 30 casos notificados de dengue. Atualmente, dos 16 municípios, dois apresentam clima favorável à transmissão do mosquito, segundo dados do InfoDengue. A primeira morte por dengue registrada no Brasil em 2025 foi em Mazagão. O Ministério não informou a data do óbito.

“Desde o lançamento do Plano de Ação contra a Dengue, definimos eixos estratégicos que priorizam as ações de prevenção. Seguimos a lógica de que ‘prevenir é sempre melhor do que remediar’, o que inclui medidas simples que caem no dia a dia das pessoas”, explica a ministra da Saúde, Nísia Trindade.

Ativado em 9 de janeiro pela ministra, o COE busca garantir respostas rápidas às necessidades dos estados e municípios, independentemente da declaração de emergência. Entre as ações estão o auxílio técnico e financeiro para estratégias de prevenção, melhoria da vigilância e orientação aos serviços de saúde.

De acordo com o diretor do Departamento de Emergências em Saúde Pública, órgão que compõe o Comando do COE Dengue, Edenilo Baltazar Barreira Filho, a ativação da sala irá propor uma resposta mais ágil no enfrentamento das doenças. “Estamos trabalhando de forma integrada com estados e municípios. Desde a ativação do COE em janeiro, já enviamos equipes para os estados do Acre, Espírito Santo, São Paulo, Paraná e agora no Amapá, regiões prioritárias por conta da incidência de casos”, afirma.

O processo de preparação de estados e municípios começou muito antes. Apenas em 2023 e 2024, o Ministério da Saúde qualificou profissionais e gestores locais de saúde de todo o Brasil para atuar na preparação, vigilância e resposta às emergências em saúde pública. O ciclo capacitou profissionais de 401 municípios, desenvolvendo 156 planos de ação para emergências, entre elas arboviroses.

Em dezembro de 2024, a pasta promoveu o Dia D de Mobilização contra a Dengue, uma iniciativa nacional que uniu Governo Federal, estados, municípios e a população no controle da doença. A ação buscou conscientizar a sociedade sobre a importância de medidas simples para evitar a proliferação do mosquito Aedes aegypti, principal transmissor da doença.

A população desempenha um papel fundamental no controle das arboviroses, adotando medidas simples como eliminar criadouros do mosquito, já que 75% dos focos do mosquito transmissor estão dentro das residências. Em caso de sintomas como febre, dores no corpo e articulações, deve-se procurar um atendimento médico.

Confira as ações:

  • Recomposição de estoques de inseticidas: desde 2023, houve a regularização dos estoques, garantindo que 100% dos estados estejam abastecidos para o controle do mosquito Aedes aegypti.
  • Distribuição de testes diagnósticos: O ministério realizará distribuição de mais de 3 milhões de testes rápidos para detecção de dengue, contribuindo para a definição de conduta clínica oportuna mais adequada.
  • Incorporação de novas tecnologias: destacam-se a ampliação do método Wolbachia, que tem a capacidade de bloquear ou reduzir significativamente a transmissão dos vírus DENV, ZIKV e CHIKV e FA; as Estações Disseminadoras de Larvicidas (EDLs) para áreas de difícil acesso; e a Técnica do Inseto Estéril por Irradiação em aldeias indígenas.
  • Qualificação de profissionais de saúde: cerca de 11,7 mil profissionais foram treinados em 2023 para manejo clínico, vigilância e controle de arboviroses, visando aprimorar a resposta dos serviços de saúde.
  • Investimentos financeiros: para o período sazonal 2024-2025, o Governo Federal destinou mais de R$ 1,5 bilhão na aquisição de vacinas contra a dengue, insumos laboratoriais, controle vetorial, mobilização da população e suporte aos municípios para custeio assistencial. 
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