Equatorial Energia tem a terceira maior perda técnica de energia no país

As perdas técnicas variam conforme as características de carregamento e configuração das redes de cada área de concessão

Dados do relatório da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) com os níveis de perdas no mercado de distribuição brasileiro revelam que a Equatorial Amapá, distribuidora de energia no Amapá, tem a terceira maior perda técnica de energia no país.

Considerando a participação das perdas não técnicas nas tarifas residenciais em 2024, a Amazonas Energia aparece na primeira posição, com 12,9%, seguida pela Light (9,1%) e Equatorial Amapá (8,2%).

Já em relação as perdas não técnicas originadas principalmente por furtos (ligação clandestina, desvio direto da rede), fraudes (adulterações no medidor ou desvios), erros de leitura, medição e faturamento a Light, concessionária do Rio de Janeiro, e a Amazonas Energia, no Amazonas, são as primeiras colocadas no ranking, com 34,1%.

De acordo com o engenheiro Jucicleber Castro a perda técnica está relacionada diretamente à rede de distribuição, que, no caso do Amapá indica que não teve muita mudança, ou seja, nenhum/ou pouco investimento.

PERDAS TÉCNICAS

As perdas técnicas variam conforme as características de carregamento e configuração das redes de cada área de concessão, sendo reconhecidas, nas tarifas pela Aneel, apenas os níveis eficientes, dadas as características do sistema de distribuição.

O custo aproximado das perdas técnicas, obtido pela multiplicação dos montantes pelo preço médio da energia nos processos tarifários em 2024, sem considerar tributos, foi de R$ 11,2 bilhões.

A distribuidoras da Equatorial, Pará e Amapá, apresentaram as maiores perdas técnicas no sistema em 2024, com 11,9% e 11,5%, respectivamente. Energisa Tocantins e Sulgipe, aparecem na sequência, com 11,5% e 11,2%.

Essas perdas, inerentes a qualquer sistema de distribuição, são calculadas pela Aneel considerando a operação eficiente das redes e repassadas às tarifas. Dadas suas características, grandes reduções não são esperadas. Já o reconhecimento tarifário das perdas na rede básica totalizou aproximadamente R$ 1,5 bilhão nos processos tarifários de 2024.

RESPONSABILIDADE

Segundo a Aneel, as concessionárias de grande porte, cujo mercado é maior do que 700 GWh, são responsáveis por quase a totalidade dos montantes das perdas não técnicas no Brasil devido ao tamanho do mercado e à maior complexidade de se combater essa situação.

O consumidor regular arca parcialmente pela fraude ou furto de energia na sua tarifa, uma vez que a Aneel reconhece valores regulatórios eficientes, normalmente inferiores aos valores praticados pelas concessionárias de distribuição.

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