Uma nova espécie de parasita, denominada Ceratomyxa Tessaloniensis, foi identificada no Rio Flexal, na comunidade rural de Tessalônica, próxima a Porto Grande, no Amapá. Esta descoberta foi feita durante uma pesquisa de campo que visava mapear a biodiversidade local. A identificação ocorreu após análises microscópicas e moleculares que não encontraram registros semelhantes em bancos de dados internacionais.
O parasita foi encontrado em peixes lambari, comuns na região. A pesquisa, liderada por Saturo Cardoso, biomédico, revelou diferenças significativas na morfologia do organismo, tanto em comprimento quanto em largura, em comparação com outras espécies conhecidas.
A análise molecular do DNA do parasita confirmou sua singularidade, não havendo similaridades com espécies registradas anteriormente.
No caso do Ceratomyxa Tessaloniensis, a análise revelou que a maioria dos organismos semelhantes pertencem a ambientes de água salgada, com apenas um pequeno grupo vivendo em água doce. Esta descoberta é significativa, pois amplia o conhecimento sobre a diversidade de parasitas em ecossistemas de água doce.
Apesar de ser um parasita, não há registros de doenças causadas por esta espécie em humanos ou animais. O consumo de pescado na Amazônia é elevado, mas até o momento, não foram identificadas zoonoses associadas a este parasita, o que tranquiliza a população local quanto à segurança alimentar.