Ainda que faltando cerca de dois anos para as próximas eleições, a polarização política entre aliados e eleitores do governador Clécio Luis (Solidariedade) e do prefeito de Macapá, Antônio Furlan (MDB) cresce nas redes sociais a cada fato novo.
O mais recente embate político gira em torno das programações de final de ano promovidas e patrocinadas com verbas públicas pelo governo do estado e pelo município de Macapá. Com raras exceções, os comentários e as opiniões têm objetivos políticos claros de agradar ou desgastar as ações seja do estado seja do município.
De um lado, apoiadores do governo exaltam o “Maior Reveillon da Amazônia”, realizado pelo governo do estado que, durante quatro dias, apresentará grandes atrações da música brasileira, como Roberto Carlos, Alok, João Gomes e Alceu Valença.
De acordo com o governo, o evento coloca o Amapá no roteiro turístico dos grandes eventos de fim de ano, promovendo lotação da rede hoteleira e movimentando a economia.
Na outra ponta, aliados do prefeito criticaram o volume de recursos gastos com as atrações, realizam comentários depreciativos em relação a algumas atrações e também criticam a estrutura diferenciada montada para o público que compareceu aos shows.
Recentemente até mesmo o secretário de comunicação da capital, Diego Santos, foi flagrado divulgando notícias falsas em um grupo de WhatsApp. Nas mensagens, Diego postou informação falsas dizendo que um dos shows foi cancelado e que os ingressos para outros dias da festa seriam cobrados.
Já os apoiadores do governo fizeram comentários negativos em relação as atrações contratadas pelo município para as festas de réveillon, que acontecem nos dias 30 e 31 de dezembro, e que terá shows com Calcinha Preta, DJ Elison, Viviane Batidão, Natanzinho Lima e Aparelhagem Rubi.
Por se tratar de atrações populares, aliados do governo atrelaram de forma depreciativa o show das “aparelhagens de som” com violência, numa clara visão preconceituosa .
O município assim como o Estado justificam a realização dos eventos com atração turística à capital e a geração de renda.
Desde as eleições de 2024, Clécio e Furlan polarizam as discussões políticas no Estado. Independente dos embates nas redes sociais, prefeito e governador terão os próximos dois anos para mostrar trabalho, para além de shows, como as condições de vias públicas, saúde, educação, segurança pública, saneamento e energia elétrica, assim como, evitar desgastes políticos.
A favor de Clécio pesa a longa formação e experiência política, acumulada como gestor, vereador e prefeito da capital por dois mandatos.
Para Furlan, além da experiência como deputado estadual, o prefeito inovou na forma de fazer política, com forte apelo popular e a realização de obras que agradam ao eleitor.