Artigo publicado pelo colunista do ConectAmapá, analista do IBGE Adrimauro Gemaque, com base em estudo divulgado pelo Instituto Trata Brasil, no dia 19.03.2025, Dia Mundial da Água, revelou que o Brasil registrou mais de 344 mil internações por doenças relacionadas ao saneamento inadequado em 2024.
De acordo com as informações, na Região Norte, a taxa de incidência alcançou aproximadamente 19 casos por 10 mil habitantes em 2024. Em todos os estados, com exceção de Tocantins e Roraima, a taxa de incidência ficou entre 15 e 25 internações a cada 10 mil habitantes.
Os estados em pior situação foram o Amapá, com 24,6 internações por 10 mil habitantes, Rondônia, com 22,2 internações por 10 mil habitantes e o Pará, com 21,9 internações por 10 mil habitantes.
Mortalidade
Outro achado no estudo do Trata Brasil, diz Adrimauro, foram os dados analisados sobre a mortalidade associada a essas doenças, em comparação com dados de 2023. Neste ano, foram registrados 11.544 óbitos por doenças relacionadas ao saneamento ambiental, a maioria – 5.673 casos – por infecções feco-oral, e outras 5.394 causadas por doenças transmitidas por insetos.
Com relação a taxa de incidência de óbitos por DRSAI relacionada a Mortalidade Infantil, que é o número de óbitos de crianças com menos de um ano de idade, por mil nascidos vivos, o Amapá ocupa a segunda maior taxa de mortalidade infantil no Ranking das Unidades da Federação, só perdemos para Roraima.
Muito embora a taxa de óbitos por DRSAI, tenha como referência a faixa etária de zero a quatro anos, o Amapá tem quase o dobro da taxa do Brasil, que é de 12,62.
Comparando a taxa do Amapá de 2022 (18,07) com a 2023 (21.01) constatamos que cresceu. “Então, pioramos. O que vem exigir por parte dos gestores públicos a implementação das ações já previstas no sentido de reduzir essa taxa enquanto a universalização do saneamento não chega. Afinal, os dados do IBGE apontam que taxa de fecundidade no Brasil vem diminuído. O Amapá, não pode continuar perdendo crianças e o saneamento básico se apresenta como grande vilão nesse processo” conclui Gemaque.
Mesmo com todos os dados negativos em relação aos impactos na falta de saneamento básico na saúde da população, nada vem sendo feito por parte da prefeitura de Macapá e das demais prefeituras do estado para mudar essa realidade. No caso especifico de Macapá a prefeitura priorizou investir em construções de praças públicas.