sábado, abril 19, 2025
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Familiares de estudante morta na Bolívia pedem ajuda financeira para acompanharem as investigações

Jessyeni Almeida da Silva, de 37 anos, natural de Santana, era estudante de medicina em Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia

Familiares da estudante de medicina Jessyeni Almeida da Silva, encontrada morta na última quinta-feira,  estão pedindo apoio nas redes sociais para acompanhar as investigações do caso na Bolívia.

Jessyeni Almeida da Silva, de 37 anos, natural de Santana, era estudante de medicina em Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia, e foi encontrada morta no apartamento onde morava, com sinais de violência.

Para a família o assassinato teria sido cometido por um jovem de 16 anos, de família influente na Bolívia,  que teria conhecido Jessyeni em março.

A Polícia da Bolívia investiga novos suspeitos de envolvimento na morte. As autoridades investigam suspeita de feminicídio. A apuração inicial do Ministério Público da Bolívia apontou que a estudante morreu por asfixia mecânica, de acordo com exame de autópsia forense. Um laudo também indicou que a vítima foi estuprada e esfaqueada.

De acordo com o promotor que conduz a apuração, Daniel Ortuño, Jenife da Silva foi morta por uma segunda pessoa. “Foi realizada uma autópsia forense, e a causa da morte foi determinada como asfixia mecânica por sufocamento. Isso significa que uma segunda pessoa causou a morte da vítima”, declarou.

A brasileira estava no País vizinho para concluir o curso de Medicina. Segundo uma amiga, Jenife morou na cidade boliviana onde fez o curso durante seis anos. Após concluir as aulas, voltou a residir no Amapá com os dois filhos. Ela precisou retornar ao País para pegar o diploma e resolver formalidades da formatura.

Amigos da universitária relataram que na terça-feira, 1°, Jenife assistiu a uma aula na Universidade de Aquino Bolívia (Udabol). Depois, foi ao encontro de um jovem que conheceu na Praça 24 de Setembro, considerado o principal símbolo da cidade de Santa Cruz de La Sierra.

“Nesse dia [na segunda-feira], a Jenife falou bem assim: ‘Hoje eu não vou, porque vou no cinema com um garoto que eu estou conhecendo’. Ela não falou quem era esse menino“, disse um amigo à reportagem. Foi a última vez que ela foi vista antes de ser encontrada morta.

Desaparecimento

Ainda de acordo com os amigos, o último “sinal de vida” de Jenife Silva foi na terça-feira à noite, quando ficou on-line no aplicativo WhatsApp. No outro dia, um dos filhos dela também buscava por notícias da mãe. Preocupada, uma amiga, identificada como Andressa, foi ao apartamento da estudante, no bairro Vale Azul, onde recebeu a notícia de que o corpo havia sido encontrado e levado pelas autoridades.

“Isso já eram 8h da noite no horário de Santa Cruz. Então, ela [Andressa] recebe a notícia por meio da dona do edifício onde ela mora, de que o corpo já havia sido levado pela polícia e estava sob investigação. Chegando, eles [os amigos Andressa e Iago] tiveram que prestar depoimento, informaram sobre esse encontro e desbloquearam o celular dela. As investigações só aconteceram porque o celular foi desbloqueado“, complementou um terceiro amigo, que preferiu não se identificar.

O caso ganhou repercussão tanto no Brasil quanto na Bolívia após um suspeito ser detido: J.D.R.F, de 16 anos. As investigações apontam que Jenife Silva foi ao encontro do adolescente na noite em que foi vista pela última vez pelos amigos. A polícia confirmou que, devido à violência empregada no crime, a morte foi causada por outra pessoa.

O site boliviano El Dever publicou matéria indicando que o caso é investigado como feminicídio. “O promotor departamental de Santa Cruz, Alberto Zeballos Flores, informou que a autópsia médico-legal estabeleceu que a vítima faleceu por asfixia mecânica por asfixia, com diagnóstico de anóxia anóxica e oclusão de orifícios respiratórios”, destacou.

‘Trata-se de um feminicídio. A investigação nos levou a um adolescente que teria responsabilidade criminal e que, segundo seu depoimento, mantinha relação próxima com a vítima’, detalhou a autoridade“, de acordo com a publicação do site.

Justiça

Jessyeni Silva deixou um casal de filhos. A mãe da universitária estava em São Paulo, aguardando por um transplante de coração. Para levar o corpo de volta à família, os amigos solicitaram ajuda e foram atendidos pelo governo do estado onde a universitária nasceu. O pedido, agora, é por justiça.

“A família luta para trazê-la de volta. O Governo do Amapá já se posicionou para ajudar com o traslado do corpo, e agradecemos. Mas isso não basta. Precisamos de investigação profunda, de apoio diplomático, de visibilidade e de justiça“, afirmam.

A embaixada no Brasil na Bolívia está acompanhando o caso e parentes da vítima já viajaram  para Santa Cruz de La Sierra para providenciar o translado do corpo e cobrar providências das autoridades locais em relação ao caso.

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