Segundo a secretária de Saúde do Estado (SESA), apesar do grande volume de atendimentos, a taxa de internação se mantém dentro do limite

Com a chegada do inverno amazônico, que se estende até o mês de julho, o Hospital Estadual de Santana (HES) tem registrado um aumento significativo na procura por atendimento de pacientes com doenças respiratórias, especialmente síndromes gripais. Durante esse período sazonal, a unidade já atendeu mais de 6 mil pacientes desde o mês de abril. A maioria crianças, um público especialmente vulnerável.
Segundo a secretária de Saúde do Estado (SESA), apesar do grande volume de atendimentos, a taxa de internação se mantém dentro do limite, com pouco mais de 300 ao longo desse período. Ainda segundo a SESA os são acompanhados de perto por uma equipe médica capacitada para lidar com essa demanda.
De acordo com a pediatra Carla Carvalho, o aumento no número de atendimentos nessa época do ano já era esperado.
“Prevíamos que os atendimentos começassem em março, mas o pico aconteceu em abril, e segue ainda em maio. Estamos preparados para essa demanda, mas é importante lembrar que a síndrome gripal pode ser prevenida. E o cuidado deve começar em casa. Ao perceber os sintomas, é essencial usar máscaras, manter a caderneta de vacinação em dia e garantir consultas médicas regulares, principalmente as crianças. Também é fundamental evitar que os filhos vão à escola, caso apresentem sintomas gripais, evitando assim a disseminação do vírus”, alerta a médica.
HES segue preparado para a demanda crescente
O diretor do Hospital de Santana, Jailson Corrêa, reforça que, apesar da alta procura e dos números crescentes, a unidade está preparada para garantir a assistência necessária a todos os pacientes.

“A gestão estadual tem um plano estratégico para oferecer um atendimento acolhedor e preventivo. O hospital segue adotando medidas preventivas e está preparado para atender à crescente demanda, com estrutura adequada e equipe treinada para garantir a saúde e o bem-estar da população, com leitos disponíveis para casos mais graves e cuidados adequados a todos os pacientes”, destaca o diretor.
Doenças respiratórias e prevenção
As doenças respiratórias mais comuns registradas na unidade durante esse período são causadas pela influenza, o vírus da gripe, que continua afetando muitas pessoas. A vacinação contra a gripe está disponível nas Unidades Básicas de Saúde (UBS´s) e é considerada uma das medidas mais eficazes de prevenção. A Covid-19, embora ainda presente, tem um impacto reduzido devido às campanhas de imunização, que ajudaram a controlar a propagação da doença.

Outro vírus que tem chamado a atenção dos médicos é o Vírus Sincicial Respiratório (VSR), que pode causar sérios danos ao trato respiratório, especialmente em crianças, podendo evoluir para bronquiolite (infecção nos pulmões). Embora o HES não tenha registrado casos de óbito até o momento, a pediatra alerta para os riscos que representam as síndromes gripais.
“É fundamental que os cuidados individuais sejam seguidos rigorosamente, e que a vacinação esteja em dia para evitar complicações. No caso de evolução para gravidade das doenças respiratórias, encaminhamos os pacientes à Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) pediátrica, do Hospital da Criança e do Adolescente, em Macapá, que é referência nesse tipo de assistência no estado. Neste período sazonal, onze crianças já foram encaminhadas ao HCA”, conta a pediatra Carla Carvalho.
Mesmo com o aumento dos atendimentos, a unidade continua promovendo ações educativas sobre a importância da prevenção, reforçando a responsabilidade de cada indivíduo em manter cuidados básicos de higiene, saúde e vacinação para minimizar o impacto da síndrome gripal durante o inverno amazônico.