O teste é considerado o último entrave para que a Petrobras inicie o trabalho com a sonda que vai procurar petróleo na região.

A direção do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) usou um parecer alternativo para autorizar os testes da Petrobras na Foz do Amazonas e driblar a opinião dos técnicos do órgão, que haviam recomendado barrar a operação.
Esse teste é considerado o último entrave para que a Petrobras inicie o trabalho com a sonda que vai procurar petróleo na região.
Três pessoas que acompanham o assunto afirmaram, sob condição de anonimato, que a contradição não desrespeita a burocracia interna do instituto, mas a tramitação foge do usual.
Em maio, o Ibama anunciou a “aprovação conceitual” do plano de proteção da fauna elaborado pela Petrobras, e o presidente do órgão, Rodrigo Agostinho, determinou a realização do teste chamado de APO (Avaliação Pré-Operacioanal) —uma simulação de vazamento e da resposta à emergência.
A íntegra da tramitação do processo revela que para liberar os testes, Agostinho lançou mão de um novo parecer, assinado por dois técnicos.
Esse documento chega a citar o entendimento anterior do corpo técnico —que recomendou a rejeição do plano da Petrobras— mas conclui pela aprovação, em uma decisão classificada como “alternativa”.
Procurado, o Ibama afirmou que o processo corre em “absoluta segurança técnica e jurídica”.