Durante a 5ª Conferência Nacional do Meio Ambiente, realizada em Brasília, as indígenas Ana Pires e Wanda Pororoca, do povo Galibi Marworno, do Amapá, destacaram a urgente necessidade de acesso à água potável na região amazônica.

Em suas falas, Ana Pires enfatizou a contradição de viver em uma região rica em recursos hídricos, mas onde a água potável é escassa:
“Nós não temos escola, não temos direito à educação, saúde. É uma tristeza, nem água potável. As pessoas não entendem que ter água na Amazônia não significa que a água seja potável. A maioria das doenças vem por isso, e nós precisamos de água potável na Amazônia”, afirmou.
Ana também ressaltou que representa uma geração que não foi ouvida, mas que está determinada a lutar pelas futuras gerações:
“Não sei se vão nos ouvir, mas o meu grito está aqui. Na minha geração, não aconteceu o que eu precisei, mas eu fiz a minha parte. Estou lutando pelas futuras gerações. Não sei se na minha geração vou conseguir, mas estou lutando e estou avisando e gritando sobre isso”, declarou.
Nos últimos anos, a salinização dos rios e as secas na região têm se intensificado, afetando diretamente as populações indígenas e ribeirinhas. A falta de água potável resulta no aumento de doenças provocadas pelo consumo de água imprópria.
Apesar de o Amapá ter eleito uma parlamentar que se autointitula indígena, sua atuação no Congresso Nacional não apresentou resultados práticos para a população indígena do estado.
Com informações da Agência Cenarium