sexta-feira, abril 11, 2025
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Inédito: Ladrões de carga são do mesmo bando e vendem tudo no comércio de Macapá e Santana

As polícias Federal, Civil e Militar, que atuam no combate e investigação dos casos que envolvem assaltos às embarcações, já sabem que a maioria dos ladrões são da mesma organização criminosa. 

A atuação das quadrilhas se assemelha pelo uso de armas de grosso calibre, coletes à prova de balas, balaclavas para esconder os rostos e números para serem identificados pelos demais membros do bando. Preferem abordar as embarcações quase sempre nas proximidades do Rio Jacaré Grande e Boca do Rio Anajás nas proximidades da divisa entre os Estados do Pará e Amapá. 

Os bandos são numerosos, com cerca de 15 homens, e sempre buscam informações sobre os horários das embarcações e mercadoria transportada. Pelo histórico de assaltos, eles preferem roubar cargas com valores superiores a R$ 300 mil reais, mas algumas chegam a custar R$ 2 milhões. 

Depois do assalto, eles possuem estrutura para fazer várias viagens em barcos menores para retirar e esconder a carga roubada, contando com pontos de apoio às margens dos rios.

A venda da mercadoria roubada no comércio de Santana (AP) e Igarapé da Fortaleza (MCP), com preços abaixo dos valores de mercado, foi o ponto de partida das investigações. 

No ano passado, entre agosto e setembro, a polícia prendeu dois homens que seriam os responsáveis por fomentar esse tipo de crime. Eden Santiago Souza, investigado por ser receptador da mercadoria roubada e Alvimar Vieira de Souza, o Babau (Operacional). Babau já era investigado por tráfico de drogas e porte ilegal de arma de fogo. Nas investigações também aparece o nome de Waldecir Rocha Guimarães, que seria o mentor de alguns dos assaltos. 

Norte Log, Unirios e Belnave, são algumas das grandes empresas que já tiveram suas cargas roubadas pela quadrilha que age sempre com as mesmas características e sempre na mesma região, na divisa do Pará e Amapá. 

Em um dos assaltos a quadrilha roubou e extraviou uma carga de placas solares, avaliada em R$ 1,3 milhão. Em outro assalto, em junho de 2024, o prejuízo foi ainda maior. Os bandidos roubaram da empresa Souza e Souza 400 caixas de cigarro das marcas Dunhill e Lucky Strike. Toda a carga de cigarro avaliada em R$ 2.000.000,00 foi levada pelos “Piratas”.

Segundo uma fonte a polícia, um maço de cigarro Dunhill custa 119,60 e os receptadores estariam vendendo por 100,00 e o maço de cigarro Lucky strike custa 103,50 e estariam vendendo por 90,00. Essa mesma fonte informou à polícia que esses estabelecimentos estariam com um volume grande de cigarros sem serem comprados da fornecedora Souza e Souza.

O bando rouba de tudo. Já levaram cargas de gêneros alimentícios, botijões de gás, cosméticos, frango congelado, refrigerantes e bebidas entre outros. 

As investigações são conduzidas pela Força Integrada de Combate ao Crime Organizado, que reúne as forças policiais do estado (Civil e Militar) e Polícia Federal. 

Nos primeiros dias de janeiro, a Polícia Civil pediu à justiça a prorrogação do prazo para concluir o inquérito que investiga os assaltos às embarcações. Já a Polícia Federal pediu também ao judiciário a quebra do sigilo telefônico de um dos investigados.

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