Ao todo, 12 mil km de redes conectarão à internet 59 municípios do Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia e Roraima

No segundo semestre entra em operação a terceira infovia do Programa Amazônia Integrada e Sustentável (Pais), que vai ligar as capitais Belém e Macapá por meio de uma rede de fibra óptica subaquática no rio Amazonas. Ela se junta a outras duas, já em operação, completando a rota entre Belém, Macapá, Santarém (AM) e Manaus.
O programa, chamado Norte Conectado, prevê um total de nove infovias – uma delas, entre os municípios amazonenses de São Gabriel da Cachoeira e Novo Airão, foi construída pelo Exército e incorporada ao projeto. Ao todo, 12 mil km de redes conectarão à internet 59 municípios do Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia e Roraima. A expectativa é atender
Das nove infovias previstas, três já foram concluídas e todas devem estar em funcionamento até 2026, afirma Eduardo Grizendi, diretor de engenharia e operações da Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP), que integra o comitê gestor do programa.
O modelo adotado para a operação das infovias prevê o direito de uso da rede pelo setor privado, que se encarrega da operação e manutenção. O consórcio que vai operar a rede a ser inaugurada no segundo semestre – e que sai de Belém e passa por seis municípios do Pará antes de chegar ao Amapá -, formado por 12 provedores regionais e três operadoras (Claro, TIM e Vivo), aguarda aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). Outra, com 870 km ligando o Amazonas a Roraima, aguarda a licença de operação do Ibama.
À exceção da primeira rede, um projeto-piloto de 770 km ligando Macapá a Santarém bancado com recursos da União e coordenada pela RNP, a implementação das infovias é viabilizada com recursos do leilão de espectro do 4G e do 5G. Para os provedores regionais, essa infraestrutura contribui para prestar um serviço de alta qualidade mesmo em regiões remotas. “O modelo é excelente para a região amazônica, que tem distâncias gigantes, com um custo de operação e logística muito complexo. Vai gerar uma relação de custo-benefício para toda a região, incluindo as operadoras”, avalia Eder Cristino, diretor da Sea Telecom