“Me apaixonei profissionalmente”, diz Italiano que é empresário no Amazonas, sobre o Amapá

Proprietário da ‘Guaraná de Maués’, Luca D’Amabros, de 50 anos, elogiou as potencialidades econômicas do Amapá no maior evento de bioeconomia do Norte

“”Me apaixonei no sentido profissional, confesso que vim com muito preconceito do Amapá, porque é um estado pequeno e eu trouxe só uma mala de chocolate, em dois dias vendi tudo”. A declaração é do CEO da startup do Guaraná de Maués, Luca D’Amabros, de 50 anos. De nacionalidade italiana.

O empresário esteve em Macapá onde participou do Inova Amazônia Summit 2025, realizado entre os dias 21 e 23 de maio pelo Governo do Amapá e o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae-AP).

Cheguei aqui e vi uma estrutura gigantesca do evento, e vi a cidade de Macapá toda movimentada. Ligava a TV no hotel e toda hora aparecia cobertura do evento” disse D’Ambros, falando sobre e estrutura e organização do evento.  

O italiano reside no Brasil há 23 anos, no município de Maués, no Amazonas. Em 2002 conheceu José Francisco Marques, o “Baiano”, um dos mais tradicionais produtores de guaraná. Dessa forte amizade surgiu a paixão pelo fruto e seus derivados e quando, em 2012 o velho Chico inesperadamente faleceu, Luca adquiriu a propriedade e continuou as atividades de cultivo, produção e beneficiamento.

Depois de alguns anos vendendo a semente torrada para as indústrias de concentrado, como a grande maioria dos pequenos produtores de Maués, percebeu que os valores oferecidos pelas empresas não combinavam com os altos custos produtivos do guaraná tradicional.

Resolveu então investir em uma pequena máquina a vácuo para começar a embalar os primeiros pacotes de pó de alta qualidade, de amêndoas selecionadas, para poder preservar o aroma ao longo do tempo entre uma safra e outra. Isso permitiu agregar valor ao produto e o guaraná do Luca virou uma referência.

A história e a experiência profissional despertaram a atenção de D’Ambros para o Amapá.

Vi a quantidade de produtores, artesãos, startups, indicações geográficas aqui, o tamanho do estado, tudo foi muito incrível. Vi o quanto a narrativa da bioeconomia e tudo mais é executada neste momento no Amapá“, relatou.

Ainda de acordo com o empresário “A oportunidade que o Estado do Amapá está dando a pequenas e grandes empresas, de inovação, de transformar ideias em negócios, é uma economia de verdade que entra dinheiro. O fato de você fazer, distribuir e criar empresas que cuidam da parte ambiental, que inovam na exploração, na minha visão, é distribuir riquezas. A riqueza, de forma mais justa, mais homogênea, enriquece o Estado todo”.

Além de trazer o pó de guaraná, o proprietário ‘Guaraná de Maués’ também expôs chocolates com adição de cumaru, uma semente aromática conhecida como a baunilha da Amazônia e também a castanha do norte.

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