sexta-feira, abril 18, 2025
spot_img
InícioCidadesMP-AP busca soluções com Governo e Prefeitura para situação da Casa...

MP-AP busca soluções com Governo e Prefeitura para situação da Casa da Hospitalidade

Diante das dificuldades enfrentadas pela Casa da Hospitalidade, referência no acolhimento de adultos, crianças e jovens em situação de vulnerabilidade social, o Ministério Público do Amapá (MP-AP) promoveu reunião emergencial com órgãos públicos do executivo estadual e municipal, nesta sexta-feira (24), nas dependências da própria instituição, em Santana. O objetivo foi apresentar às autoridades e gestores a atual situação da instituição, suas carências e necessidades urgentes, bem como discutir soluções para os graves problemas enfrentados, dada a redução dos recursos necessários à manutenção dos serviços.

A reunião foi solicitada pela diretoria da Casa da Hospitalidade e contou com a participação dos promotores de Justiça Gisa Veiga, Miguel Ferreira e José Barreto; do secretário da Casa Civil do Governo do Amapá, Lucas Abrahão; da secretária de Estado da Saúde, Nair Mota; gestores da Prefeitura de Santana, e da diretora-presidente da Casa da Hospitalidade, irmã Arituza dos Santos, que guiou os participantes em uma visita pelos espaços da instituição, apresentando as demandas e problemas enfrentados.

O secretário Lucas Abrahão, ao ouvir os relatos e conhecer as instalações, reforçou o compromisso do Governo do Amapá em buscar soluções para a instituição: “O trabalho da Casa da Hospitalidade é essencial para nossa sociedade, acolhendo aqueles que muito precisam. Nossa presença aqui é para entender as demandas e buscar soluções que garantam a continuidade do trabalho da Casa”, destacou.

Durante a visita, a direção da Casa da Hospitalidade apresentou uma série de desafios críticos que ameaçam a continuidade de suas atividades. Entre os principais relatos, destaca-se a redução dos repasses oriundos da Fundação Marcelo Cândia, principal fomento da instituição, que importará em dificuldades para garantir o pagamento dos servidores, fundamentais para a manutenção dos serviços prestados, além de comprometer a aquisição de produtos de higiene e medicamentos, essenciais para o atendimento às pessoas acolhidas. Esses desafios, somados a outros relatados pela gestão da Casa, reforçam a necessidade de uma resposta imediata e coordenada por parte das autoridades públicas e privadas para evitar o colapso do serviço, que é vital para tantas pessoas em situação de vulnerabilidade.

Para a Irmã Arituza dos Santos, a presença das autoridades foi um gesto significativo. “Hoje é um dia de esperança para nós. Trazer as autoridades aqui para ver de perto o que vivemos diariamente é um passo importante para sensibilizar. Esta Casa é mais do que um abrigo, é um lugar onde vidas são transformadas. Pedimos apoio para continuar levando dignidade e cuidado às pessoas que não têm para onde ir”.

A promotora de Justiça Gisa Veiga ouviu relatos e destacou a importância de agir rapidamente. “A realidade que encontramos aqui exige uma resposta imediata e efetiva. O Ministério Público está provocando essa articulação porque acreditamos que a união de esforços entre os poderes públicos e a sociedade civil é uma importante forma de garantir que a Casa da Hospitalidade continue com sua missão tão nobre”, afirmou.

O promotor Miguel Ferreira reforçou o papel do MP como defensor dos direitos fundamentais. “Nosso objetivo é mobilizar e conectar as instituições, para que possamos construir soluções concretas. Não podemos ignorar o papel primordial que a Casa desempenha na vida de tantas pessoas em vulnerabilidade”.

O promotor José Barreto chamou atenção para a relevância do compromisso coletivo. “Essa reunião não é apenas para discutir problemas, mas para construir soluções. Cada um de nós tem um papel nesse processo. Não podemos deixar a entidade desamparada”, finalizou.

COMPARTILHE
ARTIGOS RELACIONADOS
spot_imgspot_imgspot_imgspot_img

MAIS VISTO

COMENTÁRIOS

body

Ação Não Permitida!