O Ministério Pùblico Eleitoral manifestou-se pela improcedência da ação de investigação judicial eleitoral (AIJE) proposta por Rayssa Cadena Furlan, esposa do prefeito de Macapá, Antônio Furlan (MDB) contra o senador David Alcolumbre (União Brasil), o governador Clécio Luis (Solidariedade) e o ministro (Waldez Góes).
A AIJE foi ajuizada em razão de suposto abuso de poder político e econômico, fraude e corrupção nas eleições de 2022, consistente no uso da Polícia Militar em favor da candidatura de Davi e no uso de um avião da empresa “Saúde Link”, que prestou serviços para o Estado do Amapá, para deslocamentos em campanha.
A denúncia foi fundamentada em depoimento, na qual Rômulo Góes Ferreira, policial militar, declarou ter participado de reunião na casa do governador Waldez Góes, com comandantes e oficiais superiores da PM/AP, para promover a utilização da estrutura funcional da corporação militar em favor da candidatura de David Samuel e Clécio Luís, então candidatos aos cargos de Senador Federal e Governador pelo Estado do Amapá.
O depoimento, porém, perdeu credibilidade após se constatar que outros dois militares citados por Rômulo Góes como testemunhas da suposta reunião, comprovarem que não estiveram no local, ou seja, na residência de Waldez Góes.
Ouvido pela Corregedoria da Policia Militar o próprio Rômulo Góes, apresentou nova versão aos fatos, dizendo que participou de reunião no comitê do então candidato ao governo do estado Jayme Nunes, momento em que comentou acerca do encontro promovido na casa do governador, o que teria motivado um pedido para que ele prestasse informações falsas, para criar um fato negativo em desfavor do candidato Clécio Luís.
Assim, considerando que o teor do documento público é fictício e que não há outros elementos a respeito do fato, a procuradora regional eleitoral Sarah Teresa Cacalcante de Britto, manifestou-se no último dia 05/11, pela improcedência ação de investigação judicial eleitoral (AIJE).