Número de homicídios de pessoas negras cresceu no Amapá

É o que mostram dados do Atlas da Violência 2025, divulgado nesta segunda-feira (12)

A taxa de homicídios de pessoas negras no Amapá por 100 mil habitantes de 2022 para 2023, passou de 48,8 mortos para 70,2 mortos —um salto de 43,9%.

O estado também registrou o maior aumento na comparação entre 2013 —quando a taxa foi de 29,9 mortes— e 2023, com 134,8% de alta. Entre as Unidades da Federação o Amapá registrou o maior crescimento, seguido do Piauí (27,4%) e Tocantins (23,3%).

De 2022 a 2023, Rio de Janeiro (13,6%) e Santa Catarina (13,1%) tiveram a a segunda e a terceira maiores altas, respectivamente. Considerando apenas o ano de 2023, o Amapá registrou a pior taxa, seguido por Bahia (50,8 mortos por 100 mil habitantes) e Pernambuco (48 mortos por 100 mil hab.). O maior risco relativo de homicídio para uma pessoa negra é o de Alagoas: 47,8 vezes o de assassinato de uma pessoa não negra.

É o que mostram dados do Atlas da Violência 2025, divulgado nesta segunda-feira (12). Produzido em parceria entre o Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) e o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, o estudo também mostra que o risco de uma pessoa negra —considerando a soma de pretos e pardos— ser vítima de homicídio no país é 2,7 vezes aquele da população não negra.

CENÁRIO NACIONAL

De acordo com o estudo em todas as regiões para o período houve queda nos homicídios de pessoas negras. A maior delas no Centro-Oeste (46,2%), e a menor, no Nordeste (5%).

Embora seja sabido que homens jovens são a maior parcela do contingente de pessoas negras assassinadas, o Atlas também mostra que homens idosos corriam mais risco de homicídio no período abordado no estudo, 2013 a 2023. A taxa para este grupo em 2023, considerando as pessoas com mais de 60 anos, foi de 14,2 mortos para cada 100 mil

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