As pesquisas eleitorais para a prefeitura de Macapá têm servido, entre outras coisas, para revelar as tendências do eleitorado da capital e, ao mesmo tempo, enviar um recado aos políticos, em especial aos candidatos a prefeitura do maior município amapaense.
Ainda que no topo das pesquisas e com uma larga vantagem em relação aos demais candidatos, o atual prefeito de Macapá e candidato a reeleição, Dr. Furlan (MDB) vem oscilando nos números.
De acordo com pesquisa Quaest divulgada no último dia 26 de agosto o prefeito de Macapá teria 91% das intenções de voto. Já a pesquisa publicada nesta terça-feira (10) pelo instituto Futura Inteligência, em parceria com a empresa 100% Cidades, mostra Furlan com 86,2% das intenções de voto, uma diferença de mais de 5%.
Ainda que os dados sejam de institutos diferentes, a oscilação para menos provavelmente será levada em consideração pela equipe de campanha de Furlan, afinal, ainda faltam mais de 25 dias para o primeiro turno das eleições e os dados recentes aferem a opinião do eleitor após o inicio do horário da propaganda eleitoral gratuita.
A pesquisa Futura Inteligência indica ainda que 2,7% do eleitorado declarou que vai votar branco ou nulo e 1,9% estão indecisos. A mesma pesquisa, porém, não traz informações sobre o número de eleitores que poderão ou não mudar de intenção de voto.
Outro aspecto relevante das pesquisas tem sido a rejeição ao candidato do Avante, Gilvan Borges, figura tradicional e caricata da política amapaense. Gilvan foi deputado federal entre 1991 e 1995 e senador entre 1995 e 2003 e de 2005 a 2011. Desde então nunca mais obteve êxito nas eleições que disputou e, quase sempre, aparece com níveis elevado de rejeição.
De acordo com pesquisa do instituto Futura Inteligência, divulgada nesta terça-feira (10), Gilvan tem a maior rejeição com 60,7% das menções negativas. Na pesquisa Quaest publicada em 26 de agosto, o candidato do Avante teve 69% de rejeição. Já quando o aspecto é a intenção de votos, Gilvan aparece nas pesquisas com média de 1% apenas.
Os números são um recado direto do eleitor ao ex-senador, conhecido pelo uso de sandálias no Congresso – quando parlamentar – e atualmente pelo uso das redes sociais, onde chegou a publicar vídeos tomando cerveja e comendo calabresa.
A falta de um discurso coerente e de propostas concretas bateram à porta do candidato, revelando que a figura política por ele construída, já não agrada ao eleitor.