A droga foi encontrada no distrito de Abacate da Pedreira, em uma área de difícil acesso, localizada nas proximidades do rio Amazonas.
A Polícia Civil do Amapá informou que não irá divulgar o nome do proprietário do imóvel onde foram apreendidos 400 quilos de cocaína, no dia 4 de junho, no distrito de Abacate da Pedreira, zona rural de Macapá. Segundo a Secretaria de Estado da Justiça e Segurança Pública (Sejusp), a decisão se baseia na Lei de Abuso de Autoridade, que impede a divulgação de informações que possam violar garantias individuais durante investigações em curso.
“A Lei de Abuso de Autoridade não permite que seja divulgada a identificação, bem como ainda há investigações em andamento”, declarou a assessoria da Sejusp em resposta à solicitação de informações feita pelo site de notícias ConectAmapá.
A droga foi encontrada em uma área de difícil acesso, localizada nas proximidades do rio Amazonas. A região é formada por cerca de 32 comunidades remanescentes de quilombos, reconhecidas oficialmente pela Fundação Cultural Palmares desde 2016.
De acordo com a Sejusp, a ação policial foi resultado de um trabalho de inteligência iniciado a partir de informações isoladas sobre a movimentação de uma embarcação suspeita e pontos de atracação clandestinos na região. As investigações levaram os agentes até o local do esconderijo da droga, onde também foi apreendida uma embarcação utilizada para o transporte do entorpecente.
O delegado Leonardo Alves, titular da Delegacia Especializada de Repressão a Narcóticos (Denarc), explicou que a operação teve início nas primeiras horas da manhã de quarta-feira (4/6) e se estendeu até a madrugada de quinta-feira. “A operação envolveu diligências em áreas de difícil acesso, incluindo regiões de mata e rios”, destacou.
Até o momento, a polícia não divulgou se há pessoas presas diretamente ligadas à propriedade onde a droga foi armazenada. O caso segue sob investigação, e novas fases da operação não estão descartadas.
A apreensão de 400 quilos de cocaína representa a maior já registrada na história do Amapá e foi considerada um golpe significativo contra o crime organizado. A droga, segundo estimativas da polícia, poderia render milhões de reais ao tráfico, especialmente em mercados internacionais.
