Quem passa pela rodovia Josmar Chaves Pinto, na Zona Sul de Macapá, se depara com o esqueleto de um prédio abandonado há mais de sete anos.
A construção foi iniciada pelo Tribunal de Contas do Amapá, em 2016, parou no ano seguinte com a denúncia de que materiais de construção estavam sendo desviados da obra.
Em 2022, o TCE chegou a conclusão que retomar as obras não seria viável, e como a construção estava se deteriorando, resolveu colocar à venda. Dois anos depois, apareceu o comprador: o governo do Estado.
O terreno tem uma área total de 12,5 mil metros quadrados, e pelo projeto, o prédio teria subsolo, térreo, 5 pavimentos e cobertura.
Na primeira fase da obra, os investimentos seriam de mais de R$ 4,5 milhões, mas o valor total contratado era de R$ 7,5 milhões.
Na época, o tribunal se limitou a dizer que a empresa responsável pelo serviço abandonou o contrato sem nenhuma justificativa, mas não explicou porque não houve a contratação de uma nova construtora.
A venda foi negociada com o governo do Estado pelo valor de R$ 8,1 milhões. De acordo com o contrato publicado pelo TCE/AP, o governo já repassou R$ 2 milhões, e deverá pagar o restante (R$ 6,1 milhões) em três parcelas iguais.
Apesar da situação do prédio,o contrato descreve que 71,76% já foram concluídos e estabelece que a transferência só será feita quando o pagamento for concluído.