A Petrobras entregou ao Ibama na semana passada uma nova revisão do Plano de Proteção à Fauna (PPAF). A companhia afirma que será possível reduzir pela metade o tempo de resposta necessário para resgate e transporte de animais eventualmente afetados por um vazamento de óleo durante a perfuração dos poços em águas profundas, no Amapá. A informação é da Agência EPBR (epbr.com.br) especializada em petróleo, gás e energia no Brasil.
O bloco em questão (FZA-M-59) fica a cerca de 175 km da costa, o que segundo o Ibama eleva a complexidade ambiental da operação na região, dado o tempo necessário para equipes e embarcações de prontidão se mobilizarem em caso de acidente.
Segundo a agência, essa é a quinta revisão do PPAF, e conta com a previsão de instalação de uma nova Unidade de Estabilização e Despetrolização no Oiapoque (AP), além de uma unidade na capital Belém. O PPAF é uma das pendências. Em outra frente, a companhia reforçou seu entendimento que o impacto dos sobrevoos na região foram mitigados e não devem ser um empecilho para o licenciamento da atividade.
Isso porque o Ibama entendeu que voos partindo do Aeródromo do Oiapoque tem impacto sobre aldeias indígenas da região, em razão do barulho provocado pelas aeronaves. E remeteu o caso para a Funai, após negar a licença, em outubro do ano passado.
Sobre esse item, a agência EPBR publicou trecho dos argumentos da Petrobras: “[A Funai] solicitou que a empresa implemente estudos e complementações que não são aplicáveis e condizentes à esta fase do projeto de perfuração de um poço, destacando que a atividade é de curta duração e realizada a 175 km de distância da costa”.