A Bienal das Amazônias dá início a primeira semana de atividades formativas da Itinerância “Bubuia: águas como fonte de imaginações e desejos”, em Macapá (AP), com workshop e roda de conversa. O artista Jones Barsou compartilha percursos de criação que atravessam identidade, território e memória na oficina “Dramaturgia – Desterrado: um eco de r(e)xistência”, nesta quinta-feira (12), no Centro de Educação Profissional em Artes Visuais Cândido Portinari.
A realização da Itinerância Bubuia em Macapá conta com patrocínio master de Nubank e Shell, além do apoio do Governo do Estado do Amapá por meio da Secretaria de Estado de Cultura e parceria do Instituto Cultural Vale, que foi patrocinador máster da primeira edição do evento.
Jones Barsou propõe uma imersão no processo de escrita dramatúrgica a partir do texto “Desterrado – um eco de r(e)xistência”, que desdobra o filme “Açaí – Homem do Interior”. O ponto de partida é sua vivência enquanto homem do interior e amazônida, atuando como ator, diretor, palhaço, artista circense e dramaturgo no cenário cultural amapaense. A participação no workshop é gratuita e as inscrições já estão abertas: https://bit.ly/4mRLeKt
“Vejo que há uma urgência, ainda mais intensa, em revelar por meio da arte, tanto as potências desse modo de coexistir com a floresta, quanto as rotineiras agressões imputadas na floresta e no modo de vida dos que aqui vivem. E visto que, já abordo essas questões referente a Amazônia dentro do meu trabalho, sou sempre atravessado por elas. Então, sempre que há aberturas para tais abordagens olho para essas paragens”, explica o artista.
A atividade será realizada em três momentos de interação com o público, incluindo a exibição de um trecho da obra “Açaí – Homem do Interior”, realizada em parceria com os artistas, Jami Gurjão, Eudes Vinicius e Rodrigo Aquiles.
Roda de Conversa
Na sexta-feira (13), o estudo de Cristiana Nogueira “Celulose | contaminações sobre a floresta”, apresentado na Bienal das Amazônias, vira tema de conversa. A artista propõe uma reflexão sobre as relações entre natureza, corpo e política, explorando o conceito de corpo-paisagem por meio de experiências sensíveis e cruzamentos entre artes visuais, performance e pedagogia crítica. A programação começa às 15h e a participação é gratuita.
“Esta roda de conversa será uma provocação ao debate, partindo do entendimento que o público tem sobre esses conceitos, além de apresentar meu processo de pesquisa artística e as referências que sustentam o trabalho. O público pode esperar um espaço aberto ao diálogo e acolhimento dos inúmeros temas que permeiam a Bienal, presentes não apenas na minha obra, mas também em diversas outras da exposição”, ressalta Cristina.
A artista convida o público a pensar a floresta e os corpos como territórios em disputa, contaminação e resistência, ampliando o debate com outras vozes e referências que atravessam sua prática artística. “Poder compartilhar meu olhar e contribuir para o debate que a Bienal das Amazônias promove — sobre como se produz arte em uma região que, por muito tempo, foi vista como um território a ser intocado ou explorado — revela as múltiplas possibilidades e a riqueza de pensamentos presentes na região, o que é motivo de grande orgulho para mim”, conclui a artista.
A exposição da Bienal das Amazônias em Macapá pode ser visitada de segunda a sexta-feira, das 9h às 20h, e aos sábados, das 9h às 17h, no Centro de Educação em Artes Visuais Cândido Portinari.
Serviço
Workshop “Dramaturgia – Desterrado: um eco de r(e)xistência”, com Jones Barsou
Inscrições gratuitas: https://bit.ly/4mRLeKt
Dia: 12 de junho de 2025
Hora: 15h
Roda de conversa “Corpo-paisagem: contaminações sobre a floresta”, com Cristiana Nogueira
Dia: 13 de junho de 2025
Hora: 15h
Local: Centro de Artes Visuais Cândido Portinari – Rua Rio Purús, 260 – Perpétuo Socorro – Macapá/AP
Fotos: Arquivo Itinerância Bubuia
Atendimento à imprensa: Mary Paes (96)99179-4950
