
A ampliação da cobertura territorial das pesquisas econômicas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e o uso estratégico dos dados para o desenvolvimento regional foram os principais temas debatidos no Seminário Estadual das Pesquisas por Empresa, realizado nesta quarta-feira (28), no auditório da Fecomércio do Pará, em Belém. Considerando a coleta realizada este ano, referente ao exercício de 2024, todas as regiões do Pará e do Amapá passam a ser incluídas nas amostras — antes, os levantamentos se restringiam à Região Metropolitana de Belém e à capital amapaense.

O analista Claudiomiro Oliveira destacou que as Pesquisas Econômicas por Empresas são essenciais para a mensuração do Produto Interno Bruto (PIB). “O Produto Interno Bruto (PIB) — principal indicador do desempenho econômico de um país, estado ou município — é construído a partir de diversos dados, entre eles os das Pesquisas Econômicas por Empresas. Informações como receitas, despesas e estoques são fundamentais para compor o cálculo do PIB e ajudam a embasar políticas públicas e decisões estratégicas sobre o desenvolvimento do país”, explicou.
O superintendente do IBGE no Pará, Rony Helder Cordeiro, destacou o papel das instituições parceiras. “O IBGE conta com o apoio fundamental das instituições representativas de classe. Esses dados subsidiam a formulação de políticas públicas e também ajudam a avaliar os impactos das políticas já implementadas”, afirmou. Ele também agradeceu o trabalho das 22 agências do Instituto distribuídas pelo Pará, destacando a capilaridade da atuação.
O presidente do CRC-PA, Ailton Ramos, também ressaltou a contribuição da contabilidade para a produção de dados econômicos confiáveis. “Diminuir riscos para as empresas e para a gestão pública é um dos nossos compromissos”, afirmou. Já o presidente da Fapespa, Marcel Botelho, defendeu a gestão compartilhada de dados entre os órgãos públicos e o fortalecimento da ciência e da estatística como pilares do desenvolvimento.
(O Liberal)