A estrada de ferro foi construída na década de 1950 pela antiga mineradora Icomi para o transporte de manganês
A histórica Estrada de Ferro do Amapá, desativada desde 2014, pode ganhar uma nova função nos próximos anos: impulsionar o turismo no estado. Esse foi o tema central de uma audiência pública realizada recentemente, que contou com a participação de autoridades, engenheiros, estudiosos e representantes políticos.
O encontro teve como objetivo debater a elaboração de um plano de revitalização da ferrovia, que inclui a restauração da estação e da antiga locomotiva para passeios turísticos.
Projeto com apoio técnico e político
A audiência foi uma iniciativa do vereador Nildo Rodrigues (União Brasil) e recebeu apoio de nomes importantes do setor, como o secretário estadual da Mineração, Jotávio Gomes, que destacou a viabilidade técnica e econômica da reativação da ferrovia. “Com planejamento, estudos adequados e articulação por recursos, é possível reativar a ferrovia com finalidade turística”, afirmou.
A estrada de ferro foi construída na década de 1950 pela antiga mineradora Icomi para o transporte de manganês, mas também foi usada por passageiros durante décadas. Após ser assumida pela empresa Zamin, foi oficialmente desativada em 2014, entrando em processo de abandono e sucateamento.
Para Ester de Paula, integrante do movimento de reativação da linha férrea, a proposta representa um resgate cultural e uma oportunidade econômica para o Amapá. “Isso é um sonho possível, muito viável e que passa a ganhar força a partir de agora”, disse. Ela defendeu que o projeto se torne um polo turístico com toda a estrutura para receber visitantes.
Próximos passos
Ao final da audiência pública, foi criada uma comissão de trabalho composta por autoridades, engenheiros e representantes políticos, que assinou uma ata de compromisso para intensificar os estudos e buscar recursos para viabilizar a proposta. O grupo deve dar continuidade às articulações junto aos governos estadual, federal e a parlamentares da bancada do Amapá.
A reativação da ferrovia com fins turísticos é vista como uma forma de valorizar o patrimônio histórico e ambiental do estado, diversificando a economia e atraindo visitantes para uma experiência única na Amazônia.
