Comissão de Relações Exteriores da Câmara vai discutir a construção de prisão para terroristas na Guiana Francesa 

A França pretende utilizar seu território ultramarino, que faz fronteira com o Brasil, para construir um presídio de segurança máxima destinado a extremistas e outros criminosos perigosos

Representantes dos ministérios da Justiça e Segurança Pública, das Relações Exteriores, da Defesa e do Governo do Amapá, serão convidados para falar na CREDN sobre a decisão do governo francês de construir uma prisão de segurança máxima na Guiana Francesa. A audiência pública foi requerida pelo deputado David Soares (UNIÃO/SP).

“A França, buscando isolar presos – sobretudo lideranças de quadrilhas – e ciente da problemática dos telefones, aposta que a distância para o território francês continental, juntamente com a barreira natural da floresta amazônica, será o elemento que faltava para garantir o isolamento”, disse Soares.

Na sua avaliação, a suposta praticidade em transferir presos para outros continentes, visando resguardar o seu território principal, é, na verdade, a transferência do problema de um país para outro. “A França, ao implementar sua política de segurança pública, pode desestabilizar ou criar mais um fator de risco para uma região reconhecidamente sensível do Brasil: a Amazônia. Por isso, faz-se necessária uma audiência pública para ouvir especialistas sobre a posição do Brasil nesta possível contenda”, explicou.

Segundo o ministro da Justiça da França, a instalação de 400 milhões de euros (R$ 2,5 bilhões), que pode ser inaugurada em 2028, será construída em um local isolado na floresta amazônica, na região noroeste de Saint-Laurent-du-Maroni.

A data da audiência pública na Câmara ainda não foi definida.

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